O Grand Egyptian Museum será inaugurado oficialmente em novembro

  • A abertura do Grand Egyptian Museum está marcada para 1º de novembro, após atrasos sucessivos.
  • Exposição reúne mais de 100.000 artefatos, incluindo o conjunto completo de Tutancâmon pela primeira vez.
  • O museu deverá atrair cinco milhões de visitantes por ano e impulsionar o turismo egípcio.

A tão esperada inauguração do Grand Egyptian Museum (GEM), nas proximidades das pirâmides de Gizé, representa um marco cultural e turístico. Previsto para 1º de novembro, o museu chega após décadas de adiamentos e se apresenta como o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização. A expectativa gira em torno de sua capacidade de renovar o interesse global pela Egiptologia e reforçar a indústria turística local.

Apesar dos atrasos — atribuídos a fatores como pandemia, instabilidades políticas e conflitos regionais —, o GEM está finalmente pronto para abrir suas portas com estrutura emblemática e acervo excepcional. O museu se destaca não apenas pela grandiosidade do projeto, mas também pelo cuidado em preservar e exibir a herança faraônica com tecnologia e vocação científica.

Escala e arquitetura monumental

Com arquitetura concebida pela firma Heneghan Peng, o GEM ocupa cerca de 50 hectares e seu design reflete a geometria das pirâmides. Alinhado com a Grande Pirâmide, o museu apresenta uma fachada imponente e um átrio que abriga uma estátua de Ramsés II de 83 toneladas, sinalizando o peso simbólico da civilização egípcia antiga. 

O espaço expositivo se estende por 167 000 m² de área construída, com galerias dedicadas a exposições permanentes, temporárias, espaço infantil e laboratórios, consolidando o GEM como um centro internacional de pesquisa em Egiptologia.

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Parte interna do Grand Egyptian Museum

Acervo faraônico e experiência cultural

O acervo do museu conta com mais de 100 000 artefatos, dos quais pelo menos 20 000 serão exibidos ao público pela primeira vez. Destaque para a coleção completa de Tutancâmon — cerca de 5 398 objetos — exibida de forma inédita desde sua descoberta; entre eles, a máscara de ouro, sarcófagos, joias e mobiliário ritualístico. Outros itens raros incluem a segunda barca solar de Quéops, a coleção da Rainha Hetépheres e os acervos de Yuya e Thuya, que refletem diferentes períodos da civilização egípcia.

O percurso pela exposição é planejado para oferecer experiências cronológicas e temáticas, guiando o visitante por milhares de anos de história em escadarias majestosas e vistas diretas para o complexo de Gizé. Além disso, o museu reserva áreas de pesquisa, restauro e interação moderna — como realidade virtual e telas multimídia — confirmando sua postura como polo intelectual e cultura.

Impacto turístico e desafios de recepção local

As autoridades egípcias projetam que o museu atrairá cerca de cinco milhões de visitantes por ano, contribuindo significativamente para a economia do turismo — setor considerado vital para o país. No entanto, há vozes locais que questionam se o projeto dialoga com o público interno ou se prioriza o turismo de massa. O ambiente luxuoso, com lojas de alto padrão e restaurantes, gerou críticas por transformar o espaço em uma experiência consumista, distante das raízes históricas consideradas patrimônio dos egípcios.

Além disso, tensões regionais e alertas de viagem podem limitar o fluxo de visitantes internacionais, reduzindo o impacto esperado no curto prazo. A segurança e estabilidade geopolítica permanecem fatores determinantes para o sucesso do GEM como um ícone global.

Erik Wallker
Erik Wallker
É o viking geek do El Hombre. Apaixonado por filmes e coleções, viaja em cada frame que é captado por seus olhos no cinema.

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