Que tal adotar uma dose de amadorismo no trabalho?

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Crescemos ouvindo que no “mercado competitivo” não há espaço para amadores. Muitos consideram que além de rimar com perdedor, a palavra amador poderia ser sinônima de fracassado. Assim, “quanto maior a dose de profissionalismo, mais chance de alavancar uma carreira de sucesso”, bradam profetas da auto ajuda.

Mas o tempo passa… E algumas verdades absolutas perdem o sentido e precisam ser repensadas. A exemplo de certos alimentos como chocolate, café e ovo – que foram alçados da condição de vilões para a saúde à de salvadores da humanidade — afirmo que todos nós precisamos acrescentar uma pitada de amadorismo em tudo aquilo que escolhemos fazer profissionalmente.

Amador é aquele que exerce qualquer atividade sem expectativa de receber ganho financeiro gerado diretamente por ela. Sua dedicação é movida por amor. E quando alguém é motivado por esse sentimento, não há barreiras intransponíveis, fome, sede, cansaço ou mesmo limitações de horários e dias da semana.

Lembra quando você tinha 15 anos, se apaixonou e foi correspondido? Você superava todos os obstáculos e priorizava acima de tudo dedicar tempo a estar junto com seu amor.

Naturalmente, não defendo que você coloque o trabalho como centro da sua vida. Isso seria absurdo e aqueles que cultivam o comportamentos de workaholic precisa de tratamento especializado. Além disso, todos nós precisamos do dinheiro que o trabalho remunerado nos proporciona para custear despesas e necessidades, investir e ainda realizar desejos e sonhos materiais.

Mas não há como negar que adicionar pequenas doses de amadorismo à sua carreira certamente lhe fará um profissional mais feliz e realizado naquilo que escolheu fazer.

Flávio Emílio Cavalcanti

Flávio Emílio Cavalcanti é professor universitário, consultor organizacional, administrador e mestre em Gestão de Recursos Humanos.

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