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Rafael Nadal, o touro de Mallorca

Sim, Nadal novamente por aqui. O tenista espanhol ficou sete meses afastado, por problemas físicos, e voltou este ano com a habitual incógnita que cerca todo atleta que se contunde com gravidade. Sua carreira estaria acabada? Ao vencer espetacularmente Djokovic na final do Aberto dos Estados Unidos e chegar assim a seu 13º título de Grand Slam, ficou claro que Nadal é hoje mais Nadal que nunca.

Sua maior arma não foi afetada pelo afastamento: a cabeça. Foi na mente que ele venceu Djokovic, considerando que tecnicamente Djokovic é ligeiramente superior e fisicamente ambos se equivalem. Depois de dois sets em que ficaram no 1 a 1 na final, Djokovic comandou o terceiro set – que não definiria o campeão, mas encaminharia as coisas para o lado de quem vencesse uma maratona tenística de tal nível.

Djokovic esteve na frente o tempo todo no terceiro set. No 4 a 4, Nadal sacou 0 a 40, e conseguiu milagrosamente salvar seu serviço. No 4 a 5, Djokovic ofereceu uma só chance de quebra a Nadal. Foi o suficiente para que ele levasse um set em que correu atrás – em todos os sentidos – desde o começo. No terceiro set, Djokovic era uma caricatura dele mesmo. E Nadal  liquidou rapidamente em 6 a 1.

Viu-se no torneio que Nadal retornou ao tênis com um jogo mais agressivo, para encurtar os pontos e evitar tanto desgaste. Mas na final ele foi o Nadal de sempre. Obrigou Djokovic a bater uma, duas, três vezes até enlouquecer de tanto bater numa parede. A principal arma de Nadal esteve sempre com ele nestes meses todos fora das quadra, e está de novo com ele: a mente superpoderosa.

Com a mesma idade de Nadal hoje, 27 anos, Federer, o recordista de Grand Slams, tinha 13 títulos, como o espanhol. Nadal vai chegar onde? Com este coração, ninguém sabe o que poderá detê-lo na marcha rumo ao recorde de Grand Slams.