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Sylvio Mancusi: vida de aventuras (e companheirismo)

Para a maioria das pessoas, a ideia de encarar uma onda de 20 metros soa como um pesadelo. Um baita pesadelo. E eu me incluo neste grupo.

Mas para Sylvio Mancusi, isso tem outro nome: rotina.

A aventura é sua profissão.

Sylvio é o apresentador do programa “Mar Doce Lar”, no canal OFF, que acompanha as viagens dele pelo planeta em busca das melhores condições para a prática de surfe, Kitesurfe e StandUp.

Ficou perdido com estes nomes? Vou explicar. No Kitesurfe, você fica preso a uma pipa gigante, para auxiliá-lo nas manobras; e no StandUp há o suporte de remo.

Eis umas fotinhos que Sylvio postou em seu Instagram, para ajudá-lo a visualizar melhor:

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Sylvio leva aquele tipo de vida que é tão sedutora — mas poucos de nós temos a determinação de perseguir.

Estamos falando da adrenalina em sua forma mais pura. Cair na estrada. Conhecer lugares novos e excitantes. Buscar experiências que levam o corpo (e a alma) ao limite.

“Gosto de aprender coisas novas, estou sempre em busca do próximo desafio”, Sylvio falou para mim, numa conversa que tivemos no Press Day da Luxottica, em que ele foi anunciado como embaixador dos óculos solares da Arnette.

“Passo de uma modalidade para a outra com facilidade.”

Apesar do mar ser o seu lar, ele também se aventura na neve (recentemente esteve no Alaska para praticar snowboard) e agora está aprimorando suas habilidades no parapente.

“Também nado, corro, pratico yoga, faço musculação… Todo esporte tem o seu lado bom que dá para absorver”, ele diz. “Satisfaz minha alma estar aprendendo sempre.”

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E o medo? Onde entra nesta história? O medo de ser engolido por uma onda gigante? O medo de uma corrente de vento tirar o controle do parapente?

Diz um provérbio japonês que “o medo é apenas tão profundo quanto a sua mente permite.”

Sylvio encontra conforto em sua fé cristã para encarar os desafios de peito aberto. “Acredito que Deus tem um propósito para a minha vida”, diz.

Fé e responsabilidade andam juntas em sua vida. Em nossa conversa, Sylvio deixou claro que encara suas aventuras com muita seriedade e profissionalismo. “É preciso ter consciência dos limites”, afirma.

Quando ele fala em “limites”, que fique claro: não está desencorajando ninguém a fugir dos desafios. Pelo contrário. A sua sugestão é munir-se das melhores armas para superá-los com sucesso. Estudar o esporte. Compreender as condições. Avançar um passo por vez.

“Já vi cego e homem de 60 anos começarem a surfar”, contou Sylvio para mim. “Não existe idade para ser feliz. Esporte é vida.”

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As palavras de Sylvio são inspiradoras. Mas, para mim, existe algo em sua história que é ainda mais. Não estou falando apenas de suas aventuras — e, sim, o ato de ele conciliar isso tudo com sua família.

Seja lá o canto do mundo em que Sylvio está, de Uluwatu Beach ao Alaska, lá estão também sua mulher (Bia) e o filho (Benjamin). É um companheirismo que fascina.

Os dois são figuras centrais nos episódios do “Mar Doce Lar” e acompanham Sylvio por toda parte. O pequeno Ben, inclusive, já demonstra gosto por skate, snowboard e surfe, em fotos que o pai ou a mãe publicam no Instagram.

Bia escreveu um artigo sobre a vida de mulher de surfista, falando dos altos e baixos de uma viagem de motorhome que eles fizeram pela Nova Zelândia.

Ao final, ela diz categoricamente: “Eu recomendo essa viagem”, uma afirmação que, no contexto da matéria, interpreto ser não apenas sobre a Nova Zelândia, mas sobre a própria trajetória do casal.

Então penso comigo mesmo: todo homem deveria acrescentar uma dose de aventura — e parceria assim — à sua vida.