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Um guia prático para financiar o carro novo

Sabe quando você começa a salvar o caderno de automóveis do fatídico fim no banheiro do seu cachorro? Então, isso é o sinal de que, mais cedo ou mais tarde, você vai comprar ou trocar de carro. É taxa zero, IPVA grátis, IPI baixo — mas já subindo — que não lhe resta outra opção: em 2014 tem novidade na garagem. E é claro que o El Hombre vai pegar carona nesse sonho contigo.

Mas, antes de apertarmos o cinto e tocar viagem, pergunto: você tem cacife para bancar um possante novo agora? Pergunto porque nessa conta entram não só a entrada e o financiamento, como também combustível, seguro, estacionamento e o caceta a quatro, jogando o custo para lá da estrada de Santos. Então, como a gente é bróder, preparamos uma calculadora toda malandra para checar se você consegue bancar teu carango.

O Calculamóvel do El Hombre vai te ajudar a calcular quais serão suas despesas mensais e anuais com o carro novo (baixe o documento aqui, ele é uma calculadora). Tá dentro do orçamento? Ótimo, termina o texto e corre apra concessionária. Tá fora? Espera um pouco mais. Comprometer-se com a dívida de um carro e mais tarde perceber que não conseguirá pagá-la vai arrombar suas finanças, acredite.

Contas feitas, vamos ao que interessa: pagamento. Obviamente que pagar à vista é mais barato. Mas qual brasileiro — além do Rei do Camarote — consegue pagar um carro no boleto? Então, não resta dúvida: bora parcelar.

A principal dica para o piloto-ainda-sem-carro é: fique atento ao custo total do carro. Nem sempre o veículo de menor preço é o negócio mais vantajoso. Explico. O valor real de um automóvel não se mede pelo anúncio do jornal ou pelo preço tratado na concessionária, mas sim por uma sigla chamada CET (Custo Efetivo Total). Além dos juros, o CET inclui todos os encargos e despesas incidentes na compra do carro, como, por exemplo, tarifa de tarifa de cadastro, registro de gravame, IOF, dentre outras despesas. É direito do consumidor saber qual é o CET da operação e obrigação do banco informá-lo. É o que diz o Banco Central do Brasil. Faça valer o seu direito o procure os veículos que apresentarem menor custo total.

Sobre os juros, saiba uma coisa. O mercado não faz nada de graça e muito menos perde dinheiro. Portanto, desconfie sempre das promoções e taxas de juro zero. Certamente esses valores estão embutidos nas parcelas ou em algum lugar dentro do carro, debaixo do banco, dentro do porta-luvas, sei lá. Você vai acabar pagando por isso de algum jeito.

Ciente do custo total e das condições de parcelamento, prefira dar a maior entrada possível no ato da compra. Assim você reduz o número e o valor das parcelas do financiamento e fica menos exposto à incidência dos juros na operação. Sobre a documentação, você pode fazer por fora, economizando nos despachantes contratados pela concessionária. Corre lá no Detran.

Por fim, pechinche e negocie muito. Numa dessas, além de economizar, você pode conseguir alguns itens e acessórios na vasca, como insulfilme, um sonzinho legal, banco de couro e tudo mais. Agora sim a gente pode pegar estrada, hombre. Hit the road, Jack!