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Zico e Platini disputando a presidência da FIFA seria tão digno quanto em 86

Vem por aí um grande duelo (amistoso) nas entranhas do futebol mundial, digno de uma boa trama de filme hollywoodiano, com elementos para ganhar o clamor do público amante do esporte: possibilidade de revanche, política, drama e com um eventual final emblemático.

Antes de roteirizar o conteúdo desta história, aviso que mudei minha torcida. Era inicialmente defensor da confirmação da candidatura do ex-jogador português Figo, contudo, virei a casaca. Quero o brasileiro Zico como o presidente da FIFA.

É por aí que começo a contextualizar o meu pensamento inicial. Caso confirme sua candidatura – ele oficializou nesta semana a vontade de concorrer ao cargo para a próxima eleição que deve acontecer entre novembro próximo e março de 2016 -, Zico deve duelar contra um rival do passado.

Um novo confronto com o ex-jogador francês Michel Platini, agora fora de campo e valendo o cargo de mandatário da entidade máxima do futebol mundial, está traçado.

Por conta deste embate saudosista, começa a se tornar interessante a nova briga presidencial da Fifa, ocorrida em virtude dos casos de corrupção denunciados pelo FBI e renúncia de Joseh Blatter. Uma curiosa e intrigante história que somente o futebol tem a ganhar.

Boas intenções

Antes de recordar o embate de ambos dentro de campo – um dos mais lembrados em Copas do Mundo – reitero que os dois têm boas intenções para gerir a modalidade e, sobretudo, respaldo, respeito ao esporte e ideia de limpar casos de corrupções que mancharam a entidade máxima. Uma, por exemplo, já foi defendida pelo brasileiro.

Quando anunciou sua intenção de concorrer à presidência, Zico deixou claro que para isso acontecer é preciso uma mudança de um estatuto. Atualmente é necessário o apoio de ao menos cinco federações nacionais para alguém lançar uma candidatura à presidência da Fifa. O ex-jogador não concorda com isso.

“Serão necessárias mudanças de regra do jogo. Com as que estão aí não há possibilidade de concordância. A exigência de cinco federações é o prenúncio da corrupção”, declarou. Eu concordo e já comecei a gostar da postura do ‘Galinho’.

Zico, contudo, concorda com a necessidade do candidato ter realizado trabalhos recentes no meio do futebol para se oferecer ao cargo.

Atualmente presidente da Uefa, entidade máxima do futebol europeu, Michel Platini deve, sim, concorrer à presidência e deverá ter apoio de muitas confederações, sobretudo, por ter sido um fervoroso opositor de Blatter e um dos responsáveis pela renúncia do mesmo.

É um nome que pretende chacoalhar e transformar positivamente a política atual da entidade e suas confederações. Em breve, pode anunciar oficialmente sua candidatura.

Embate do passado

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Os dois se cumprimentando quando ainda eram jogadores

Mas não será a primeira vez que Zico e Platini estarão disputando um mesmo objetivo. Os dois já marcaram época em Copas do Mundo. E essa seria a chance do brasileiro tentar converter o passado dentro de campo, já que o francês se deu melhor.

O duelo foi entre Brasil e França no Mundial de 1986, ocorrido no México. Zico era o maestro brasileiro, enquanto Platini o francês, e ambos os maiores jogadores do planeta naquela época. Era um clássico histórico que tinha tudo para ser dramático e inesquecível. E assim foi.

O Galinho começou no banco, já que se recuperava de uma contusão e não aguentaria os 90 minutos de uma partida dessa magnitude. Entrou no 2ª tempo. No seu primeiro toque na bola deixou Careca na cara do gol, e o goleiro Bats fez pênalti. O camisa 10 pegou a bola para bater e perdeu a cobrança. Por conta disso o jogo foi parar na prorrogação. Por fim, nas penalidades o Brasil foi eliminado e o duelo ficou marcado como a derrota de Zico para Platini.

Vale lembrar que nenhum deles venceu a Copa do Mundo, mas certamente a carreira do brasileiro até hoje é lembrada, no meio de tantos feitos gloriosos, por conta daquele pênalti perdido.

Será que agora, Zico reverterá a antiga derrota e terá um final catártico? Torço por um sim!

Qual a experiência do Zico m gestão do futebol?

A experiência na política como secretário nacional de esportes no governo de Fernando Collor, e como atleta e técnico por vários países é o triunfo de Zico. “A candidatura tem uma vida. Ajuda o fato de ter passado por vários continentes e ter criado uma história em alguns deles”, comentou o ex-camisa 10.

Zico também frisou que tem experiência no trabalho de gestão, já que trabalhou no Flamengo exercendo essa função.

Vamos aguardar para ver o que o futuro nos reserva.

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Os dois já atuando nos bastidores do futebol