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Como equilibrar os 5 recursos que compõem a riqueza pessoal

Pedro Nogueira Editor-Chefe

Quando eu acordei no sábado, por volta das 7 horas da manhã, e lembrei que passaria o dia inteiro num curso, das 08:00 às 18:00, admito que uma certa preguiça bateu em mim.

Eu achava que seria um coaching voltado para finanças pessoais, com dicas de como se dar bem na crise. Uma maratona de 10 horas sobre esse tema em pleno sábado. A ideia não estava me animando muito.

Ainda bem que não deixei a preguiça tomar a decisão por mim. O treinamento batizado de “Antifrágil”, da ZenEconomics, apresentado por meu amigo Luiz Fernando Roxo, era totalmente diferente do que eu esperava. E, da manhã para a noite, ele mudou a minha filosofia de vida.

OS 5 RECURSOS DA RIQUEZA PESSOAL

Você deve estar se perguntando: “Eita, que lição revolucionária de finanças é essa que o tal do Roxo te ensinou? Eu quero saber também.”

Não foi uma lição de finanças, caro leitor. Foi sobre riqueza pessoal.

E não se deixe enganar pela palavra “riqueza”. Ele apresentou os 5 recursos que compõem a riqueza pessoal, com dicas de como evoluir em cada um deles e a importância equilibrá-los:

➤ DINHEIRO
➤ SAÚDE
➤ CONHECIMENTO
➤ EMOÇÃO
➤ TEMPO

De que adiante ser rico e não ter saúde? Ou ter conhecimento e um emocional frágil? Ou possuir os quatro, mas não ter tempo para aproveitá-los?

Foi isso que o curso me fez perceber.

ANTIFRAGILIDADE

O treinamento mistura conceitos das filosofias budista e estoica com teorias econômicas contemporâneas. Mais especificamente, as ideias do libanês Nassim Taleb, um dos pensadores mais influentes da atualidade.

Crise brasileira? Pode esquecê-la. O que Roxo e seu irmão Afonso – que são os fundadores da ZenEconomics – ensinam é a identificar as crises em nossa vida, para assim encontrar as oportunidades ganho nestes momentos de dificuldade.

Eis aí a natureza do termo “antifrágil”. Se pegarmos uma taça de cristal como o símbolo de fragilidade, porque quebra com qualquer atrito, o que você diria que é o oposto disso?

Vou dar alguns segundos para a reflexão:

1…

2…

3…

4…

5…

Pronto? Se você pensou numa pedra, sinto dizer que errou. (Eu também pensei na pedra durante o treinamento.) A pedra é robusta, estática. Isso é melhor do que ser frágil? Sim. Mas ela não evolui com o atrito.

O exemplo de antifragilidade que Roxo dá é a Hidra, a criatura mitológica grega. Quando cortam a cabeça dela, duas nascem no lugar. Em outras palavras? Quanto mais a Hidra apanha, mais forte ela fica.

EVOLUÇÃO PELO CAOS

Roxo diz que vivemos num mundo VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo. Essas características caóticas, apesar de assustarem a maior parte das pessoas, apresentam enormes oportunidades de ganho.

E não apenas “ganho” financeiro, mas em todas áreas da vida.

Este é um conceito central do treino. Riqueza pessoal é ter os cinco recursos (dinheiro, saúde, conhecimento, emoção e tempo) em equilíbrio.

Se você retirar qualquer um deles, tudo desmorona. Isso é ser frágil. A antifragilidade é identificar o problema, partir para cima dele e sair mais forte do que nunca.

Por isso é fundamental adotar a filosofia do equilíbrio dinâmico, na qual usamos os nossos recursos abundantes para desenvolver os escassos.

Você tem dinheiro, mas não tem saúde? Use a grana para contratar um personal trainer e pagar a consulta de uma nutricionista. Você vai gastar um pouco do dinheiro que possui, mas ganhar bastante saúde em retorno. Troca inteligente, não?

A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO

Na avaliação pessoal que fiz durante o treinamento – cerca de 300 questões que dão um diagnóstico da sua vida – cheguei à conclusão de que estou razoavelmente bem em quatro recursos: dinheiro, conhecimento, emoção e tempo.

Mas no quesito saúde, deixo muito a desejar. E não importa que treinei firme tênis durante 15 anos da minha vida. O que interessa é o aqui e agora, como prega o budismo. Como estou hoje.

O treino do Antifrágil ensina a adotar um processo de tomada de decisões mais inteligentes que visam primeiro arrumar o que está com problema e, depois, enriquecer os cinco recursos de forma equilibrada.

Isso, no longo prazo, traz a desejada paz e plenitude que os budistas tanto prezam. É uma jornada sem fim, sustentada pelos hábitos e pela disciplina, mas recompensadora — e que estou feliz por ter começado.

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