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5 mitos sobre as dores que sentimos após a academia

A dor muscular tardia é algo que todos que já treinaram alguma vez na vida sentiram. A não ser que o trabalho muscular tenha sido incrivelmente café com leite, a pessoa sentirá esse efeito em seu organismo no dia seguinte às primeiras vezes de academia.

Agora, existe muitos mitos envolvendo a dor muscular tardia (DMT) que podem acabar prejudicando seus treinos e, consequentemente, seus resultados. Então separamos alguns fatores importantes que você precisa saber sobre o assunto para se prevenir de não cair em papo furado e sem sentido.

Mito 1: DMT é sinal de um bom treinamento

Se você retornou aos treinos há pouco tempo e quis recomeçar com o mesmo trabalho que realizava antes, então deve estar com uma dor muscular tardia grande – só que isso não é sinal de que você está no mesmo nível que antes, mas que não está mais adaptado àquele treino.

A DMT aparece raramente em pessoas que treinam com frequência. Como essas pessoas estão mais habituadas aos estímulos, para que elas sintam DMT o treino tem que ser muito longo e intenso.

Mas é justamente aí que mora o perigo. Muitas pessoas “procuram” ficar doloridas, buscando um treinamento cada vez mais forte, ao invés de focar nos resultados, e isso claramente acaba prejudicando seu treino.

Então não se esqueça: DMT não é necessariamente sinônimo de um bom treino, assim como a ausência de dor muscular tardia não significa que seu trabalho não foi eficiente.

Mito 2: Alongar para não ter DMT

Alongar, na verdade, é um estímulo adaptativo, tanto quanto a contração da musculatura. Apesar de existirem diferentes formas de alongamento, as pessoas normalmente associam essa prática àqueles movimento parado, em que se mantém por um período de tempo a posição realizada.

O alongamento tem como objetivo gerar um estímulo nas musculaturas e tendões para que sofram microlesões e hipertrofia longitudinal, o que terá como consequência o aumento de amplitude do movimentos.

Mas aqui perguntamos: se o alongamento é um exercício que causa microlesões, como pode ajudar no combate à dor muscular tardia? A resposta é categórica: não pode.

Existem inúmeros estudos comparando o alongamento antes e depois do treinamento para verificar se existe algum tipo de redução da dor muscular tardia, e nenhum conseguiu comprovar essa associação.

Portanto, não acredite nesse papo – o alongamento não previne a DMT.

Nesses dois textos falamos mais detalhadamente sobre alongamento: “Os 7 piores erros na execução de alongamentos” e “8 mitos e verdades sobre o alongamento”.

Mito 3: Treinar com DMT é proibido

Aqui o pensamento é mais ou menos o mesmo de quando dizemos que sempre é preciso deixar o músculo descansar 48-72 horas entre um treino e outro. Quando pensamos em um estímulo adequado, temos que dar o descanso adequado à musculatura. Justamente por isso que é ideal não treinar com dor muscular tardia.

Mas se vocẽ continuar com DMT mesmo tendo passado um longo período do treinamento, é provável que outros fatores estejam influenciando essa situação como, por exemplo, alimentação e descanso. Nesses casos, nada impede que você continue treinando. Mas você precisa ir atrás de entender o motivo do retardo da dor muscular tardia.

Mito 4: Por conta da DMT não se pode treinar frequentemente

Esse é um ponto interessante. Se a sua divisão de treino é ABCDE e você sente muita dor muscular tardia após os trabalhos, há um modo simples de diminuir isso: aumentando sua frequência de treinamento por grupamento. (No caso citado ABCDE, treina-se apenas uma vez por semana cada grupamento.)

Aumentando a frequência, você poderia diminuir o volume de treino da musculatura em questão e a DMT ficaria menor.

Por exemplo, se em vez de treinar ABCDE você treinar ABCAB, vai deixar de trabalhar os músculos exercitados em A e B num dia só para dividir o trabalho em duas vezes por semana. Seu corpo terá menos tempo para se recuperar, é verdade – mas os estímulos serão menores e o organismo se adaptará a isso e a sensação da dor muscular tardia diminuirá.

Ou seja, treinar frequentemente pode ser interessante nesse caso.

Mito 5: Com DMT, o melhor é descansar totalmente

Se você está com dor muscular tardia de membros inferiores, seria sensato sair para fazer uma corrida intensa? Óbvio que não! Isso, com certeza, seria prejudicial para sua recuperação e iria comprometer seus resultados.

Mas, e uma corrida leve, pode rolar? Essa, provavelmente te ajudará.

Isso ocorre pois os exercícios de baixa intensidade tendem a aumentar a oxigenação e o fluxo sanguíneo na região, propiciando não somente uma melhor recuperação ao organismo, mas também um alívio na sensação de desconforto local.

Por fim, o mais importante a ressaltar é que com um bom planejamento você não irá sofrer de DMT e vai progredir com mais rapidez. Lembre-se de sempre planejar seu treinamento e focar seu acompanhamentos nos seus resultados e não somente na sensação que você tem com cada dia de academia.

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