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Como a alimentação influencia seus exercícios?

Nutrição e exercícios físicos andam lado a lado. Antes de entrar no assunto do texto, é importante frisar que educadores físicos não podem prescrever dietas ao seus alunos. Como essa não é uma área da minha especialidade, eu não costumo escrever sobre dietas. Mas, para termos uma orientação básica, é possível nos basearmos em conhecimentos gerais e nas informações de alguns autores conhecidos.

A redução dos estoque energéticos do nosso organismo acontece de forma diferente dependendo do tipo e da intensidade da atividade. Por isso, seu gasto energético será diferenciado se você correr 1 hora ou 10 minutos, ou se fizer musculação em circuito ou tradicional.

De acordo com o volume 109 do Journal of the American Diet Association, uma alimentação inadequada, com falta de nutrientes, leva a uma queda de desempenho, lesões, perda de massa muscular e a necessidade de um maior período de recuperação. Faz sentido pensar, portanto, que ficar em um período longo de dieta para redução de peso aumenta os riscos de lesão e que em um período de ganho de massa muscular sua recuperação fica mais lenta.

Muitos pensam sempre em alimentação pré e pós treino, mas, segundo o Dr. John Berardi, do site Precision Nutrition, considerar a alimentação total é bem mais importante. Esse é um ponto simples de ser defendido. Se você tomar os melhores suplementos do mundo pré e pós treino mas não comer pelo resto do dia, seu corpo não terá todos os nutrientes e micronutrientes necessários para se recuperar. Simples.

No 3º volume nº 16 da Revista Brasileira de Nutrição Esportiva encontramos a informação de que no pós treino seu corpo está mais apto a armazenar nutrientes. Portanto, esse é um excelente momento para consumirmos carboidratos e proteínas e ajudar a repor os estoques energéticos, além de fazer parar o processo de quebra muscular. Então é importante procurar consumir alimentos que lhe proporcionem essas condições no pós treino. Considere carboidratos como massas, arroz, frutas e proteínas como carnes, ovos, leite. Combinações na proporção de 3:1 ou 4:1 de carboidrato e proteína respectivamente parecem ser ideais para praticantes de endurance, conforme revela o artigo de Zawadzki e Yaspelkis.

É essencial também se manter hidratado (utilize água para isso) para evitar o aumento da temperatura interna e problemas ocasionados pela desidratação. Dependendo do tipo de atividade que você pratica pode ser necessário consumir uma bebida energética, mas é importante analisar que esse tipo de bebida foi desenvolvido para atletas de provas de longa duração e não para tomar durante uma série de flexões.

Por fim, não se esqueça que os suplementos servem para complementar. Um trabalho publicado no Journal of Applied Psychology revelou que, ainda assim, em uma meta-anáilse com mais de 250 estudos, apenas em dois os suplementos mostraram fazer diferença estatisticamente significante. Esses produtos nada mais são do que alimentos desidratados e servem para ajudar quem não consegue atingir suas necessidades nutricionais através da alimentação. Somente isso.

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