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Fragrâncias de couro | As Famílias Olfativas dos Perfumes

Uma das famílias olfativas mais populares entre as fragrâncias masculinas é o couro. E o uso dele na perfumaria não vem de hoje. Apesar de não ter uma origem direta, sua história pode ter relação com as luvas de couro perfumadas, muito populares lá pelo século XVIII. Por terem um cheiro específico, a herança acabou sendo trazida para o universo da perfumaria moderna.

Hoje em dia, o couro não é mais usado em sua forma natural. Ele é aproveitado de forma sintética assim como todas as matérias primas de origem animal. Pode ter sua criação em laboratório, como também de algum outro produto vegetal, como o Oud do Laos, Styrax, Cypriol… Resinas, sementes e madeiras com cheiros que remetem ao couro.

Couro

O couro pode ser trabalhado de formas diferentes, com cada uma delas podendo trazer um cheiro diferente. E isso reflete na perfumaria, com perfumes na mesma categoria entregando fragrâncias de couro de formas diferentes.

O couro pode cheirar como uma peça de tapeçaria, uma jaqueta, pode trazer algo sujo e animálico como também até plástico e sintético. É uma nota pesada, densa e que é comum em perfumes mais invernais. Típico dos perfumes masculinos, raramente é encontrado em fragrâncias femininas, justamente por conta da sua pungência.

Ombre Leather (Tom Ford) – Couro Tradicional

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Com um couro mais tradicional na perfumaria, o Ombré Leather é um excelente perfume para estudar a nota. Simples, ele traz exclusivamente o couro contrapondo com o floral branco do jasmim. É muito perceptível, e o perfume não evolui tanto.

Aqui, o couro é apresentado como o cheiro de uma jaqueta, confortável, bem macia e fácil de usar. Muito suavemente no fundo do perfume, um cheiro vestigioso que lembra algo como gasolina. A performance dele é muito, muito boa também!

Fahrenheit (Dior) – Couro Combustão

dior fahrenheit

Um dos clássicos da perfumaria (e que merece até um artigo exclusivo) é o Fahrenheit da Dior. Lançado na década de 80, traz uma proposta bastante ousada, até para os dias de hoje: Tem cheiro de gasolina, querosene, graxa. Tudo isso vem da combinação da nota de folha de violeta com couro.

O couro aqui, bem perceptível, tem um cheiro que lembra algo sujo de graxa, querosene, combustão. É como ir a um posto de gasolina. Curiosamente, você ainda sente o cheiro de couro, que passa ligeiramente pelo cheiro de estofamento de carro, com aquela sensação de couro vinil.

Essencial Elixir (Natura) – Couro Vinil

natura essencial

Essencial Elixir é nosso! Ainda que ele seja muito parecido com o CH Men Privé, tem lá suas próprias características. O couro presente aqui lembra muito o couro de um estofamento de mobília, algo que reveste um móvel. Pode não parecer muito atraente, mas casa muito bem com a proposta do perfume. E quando combinado com as especiarias e a nota de uísque, cria um cheiro irresistível!

Code Absolu (Armani) – Camurça

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A linha Code da Armani é focada em perfumes noturnos e românticos, com o Absolu sendo um dos mais populares justamente por sua performance superior e um pouco mais de doçura.

No fundo do perfume, você sente a camurça, um couro bem aveludado, confortável e muito agradável. Ele é bem presente no perfume, que é simples e também uma ótima opção de estudo para quem quer conhecer melhor as matérias primas, visto que ele fica bem claro no perfume.

Kouros (Yves Saint Laurent) – Couro Animalesco e Sujo

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Kouros é outro clássico da perfumaria que também merece um artigo só seu. O couro aqui é bem sujo e tem cheiro animalesco, como o de um animal sujo e molhado da chuva. Tem muitas outras coisas que acontecem junto desse perfume, mas é o couro é bem perceptível.

É um perfume bastante potente, muito barato e desafiador. Não há nada no mercado hoje em dia que se assemelhe a ele. Tão sujo e diferente é o couro no perfume, que é possível fazer até mesmo uma associação a um cheiro sexual.

Polo (Ralph Lauren) – Couro Esfumado

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Mais um perfume clássico na lista. De tempos ainda mais longínquos, o Polo é um dos mais tradicionais perfumes e resiste bravamente ao teste do tempo. Verde, é como entrar numa selva, com algumas pitadas de frescor e o couro esfumado no fundo.

Aqui, ele se apresenta como uma jaqueta, mas tem uma nuance esfumaçada, algo defumado e um pouco sujo ao mesmo tempo. É também muito diferente do que temos hoje em dia na perfumaria.

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