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Por que todo homem precisa de heróis (e como escolher bem os seus)

Pedro Nogueira Editor-Chefe

Um dos melhores livros que li em 2017 chama-se “Roube como um artista”, do designer e escritor americano Austin Kleon.

Calma, não se assuste com o título. Ele não dá dicas de assalto, tampouco promove o plágio intelectual. O que Kleon faz, na verdade, é defender a importância do estudo e da pesquisa para o ato da criatividade.

Ele diz que nós somos a soma de nossas influências e que nada é 100% original no mundo; todo trabalho criativo é construído com base no que veio antes dele.

Os Beatles, para ficar num por exemplo, aprenderam a fazer música ouvindo artistas anteriores como Elvis Presley. John Lennon inclusive chegou a dizer: “Se não fosse pelo Elvis, os Beatles não existiriam.”

REMIX OU MASHUP DE IDEIAS ANTERIORES

Toda boa ideia, afirma Kleon, seja uma música, um produto ou um argumento, é um “remix ou mashup de boas ideias anteriores”.

Por isso ele defende que todo homem deve ter seus heróis e estudá-los profundamente, adotando o papel de “aprendiz” deles.

Não estamos falando aqui de plagiar, que é tentar fazer o trabalho de alguém passar por seu. Trata-se na verdade de “roubar” o modo de pensar dos seus heróis, para a partir disso você desenvolver suas próprias ideias.

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

Claro que, para conseguir isso, só com muito estudo. É preciso ler entrevistas e biografias, assistir vídeos e documentários, aprender tudo sobre o seu trabalho e ideias.

Isso inclusive vai ajudá-lo a escolher os heróis certos, pois ao se aprofundar em suas biografias, você conseguirá entender direito quem foi aquela pessoa, sem cair na crença de estereótipos, mitos e rumores que sempre cercam a vida das pessoas públicas.

Em algum momento, o fracasso inevitável em ser 100% igual ao seu herói fará com que você desenvolva a sua voz própria – e dará um tom único ao seu trabalho.

Quem sabe, aí, você não vira até mesmo um rival dele?

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