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Por que você deveria refletir (e escrever) sobre seus medos

Definir seus medos é, para o escritor e palestrante americano Timothy “Tim” Ferriss, autor do livro Ferramentas dos Titãs, a melhor receita para evitar a autodestruição e a autoparalisia.

E como fazer isso?

Antes de mais nada, reconhecendo o fato de que, conforme dizia Sêneca, o grande filósofo do estoicismo, “sofremos mais vezes na imaginação do que na realidade”.

Há muitas ocasiões nas quais nossos medos são infundados, e muitas outras nas quais, ainda que possuam algum fundamento, podem ser prevenidos e evitados.

A definição de medos proposta por Ferriss, que envolve a premeditação dos males, nos ajuda a visualizar friamente os piores cenários que nos impedem de tomar uma atitude concreta. Desta maneira, podemos refletir com calma e, assim, tomar (ou não) esta atitude sem agir no impulso.

COMO DEFINIR SEUS MEDOS?

MATERIAL NECESSÁRIO

  • 3 páginas de papel;
  • Um lápis ou caneta;
  • 30 a 60 minutos disponíveis.

Cada uma dessas páginas terá um propósito:

  1. Detalhar seus medos (definição, prevenção, reparação);
  2. Considerar os benefícios em potencial de uma tomada de ação;
  3. Considerar as consequências em potencial da ausência de ação.

PÁGINA 1, PARTE 1: A “DEFINIÇÃO”

Comece dividindo a sua primeira página em três colunas.

A primeira delas conterá a definição de seus medos. Nela, leve em conta uma ação ou decisão que está adiando. Pode ser qualquer uma: terminar um relacionamento, fazer uma viagem, sair de seu emprego. O único pré-requisito é que a mesma provoque o medo em seu coração.

Escreva, então, tudo de pior que pode imaginar acontecendo se tomar esta decisão.

PÁGINA 1, PARTE 2: A “PREVENÇÃO”

A segunda coluna conterá a prevenção de seus medos, e você a completará de acordo com a seguinte questão: “O que posso fazer para impedir que essas coisas aconteçam, ou ao menos para diminuir um pouco a probabilidade de ocorrerem?”

Leve em consideração as ações — grandes ou pequenas — que tomaria tomar para fazer com que o “cenário catastrófico” não se concretize.

PÁGINA 1, PARTE 3: A “REPARAÇÃO”

E se o pior acontecer? O que você poderá fazer para reparar um pouco os danos, ou a quem poderia pedir ajuda?

São estas as perguntas que você deve responder na terceira coluna da primeira página, sempre colocando a si mesmo a seguinte questão: “Alguém, na história da humanidade, menos inteligente ou menos orientado do que eu, resolveu isso?”.

A resposta costuma ser positiva.

PAGINA 2: OS BENEFÍCIOS DA TOMADA DE DECISÃO

Agora é hora de passar para a página seguinte.

Nela, você responderá à seguinte questão: “Quais seriam os benefícios de uma tentativa, ou de um sucesso total ou parcial?”

O objetivo, aqui, é olhar para o lado positivo de um medo. Será que assumir esse risco o ajudará a construir confiança, criar habilidades ou crescer emocional ou financeiramente? A tentativa valeria a pena?

Você pode, inclusive, utilizar uma escala de 1-10, o primeiro número representando um impacto mínimo e o segundo um impacto extremamente significativo.

PÁGINA 3: AS CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE AÇÃO

Acabamos de chegar ao ponto final: os custos da inatividade.

Nós costumamos pensar sempre no que pode acontecer de pior quando tomamos uma determinada decisão ou quando fazemos algo, e quase nunca pensamos no custo de não mudar nada.

Pense no seguinte: “Se eu não tomar essa decisão, ou se não realizar essa ação, como estará a minha vida em seis meses? Em um ano? Em três anos?”

Mais uma vez, considere os custos emocionais, financeiros e físicos.

E AGORA?

Da próxima vez que se sentir amedrontado ou confuso no que se refere a alguma decisão, defina os seus medos, procure preveni-los e certifique-se de ter um plano que envolva possíveis reparações.

Isso o ajudará a tomar as melhores decisões, e evitar as demasiado arriscadas.

“Eu posso localizar todas as minhas maiores vitórias e todos os meus desastres evitados fazendo a definição dos medos pelo menos uma vez por semestre”, diz Ferriss, ao final da conferência que realizou no TED a respeito disso. “Isso não torna todas as decisões fáceis, mas as torna mais fáceis”.

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