Tradicionalmente, a pimenta não costuma fazer parte dos pratos paulistas – digamos, assim, que somos meio “sensíveis” a este ingrediente. Mas não é nada muito exagerado. Se tiver que enfrentar, a gente enfrenta. Não é? Ainda mais quando passamos a saber dos benefícios que ela pode trazer à nossa saúde.
Esses benefícios não são nenhuma novidade. A medicina ayurvédica, originada na Índia há mais de 7 mil anos, já se utilizava da pimenta para tratar de doenças. Considerando que ela serviu de base para a medicina tradicional chinesa, árabe, romana e grega, podemos concluir que o uso da planta na prevenção e no tratamento de doenças não é exclusividade dos nossos dias.
Mas para aqueles que preferem a credibilidade positivista, estudos nacionais e internacionais vêm comprovando que a planta pode auxiliar no emagrecimento, aliviar dores de cabeça, agir contra o reumatismo, o colesterol alto, até o câncer e, sério, muitos outros benefícios.
A grande responsável pelos resultados positivos da ingestão da pimenta é a capsaicina, princípio ativo da planta. Segundo a renomada revista americana U.S.Pharmacist, ela afeta a produção e liberação da substância P no organismo, que é um princípio químico que tem como uma de suas funções a comunicação dos sinais elétricos da dor. Diminuindo a quantidade da substância P no sistema nervoso periférico, a capsaicina age como um analgésico no organismo. A substância P também parece estar envolvida com o desenvolvimento da artrite reumatóide, e, portanto, a capsaicina igualmente auxiliaria nessa doença.
Além disso, o princípio ativo da pimenta acelera o metabolismo do nosso organismo (facilitando a queima de gordura), auxilia na liberação de endorfina (o hormônio do prazer), ajuda na desobstrução dos vasos sanguíneos (podendo evitar ataques cardíacos ou derrames cerebrais) e no tratamento da rinite aguda. Ufa, não é pouca coisa – mas saiba que tem mais.
Além da capsaicina, a pimenta carrega uma quantidade considerável de vitamina A, C e E e de bioflavonóides, substâncias que têm propriedades antioxidantes e combatem a ação danosa dos radicais livres no organismo. Os radicais livres, por sua vez, estão relacionados com doenças degenerativas como, por exemplo, o Parkinson e o Alzheimer.
Por isso tudo a pimenta é considerada como um alimento funcional – aqueles que auxiliam na manutenção da saúde e diminuem o risco de doenças. Para citar alguns falemos de aveia, brócolis, cenoura, iogurte, peixe, semente de linhaça, soja e chá verde.
Como tudo na vida, é necessário que o consumo seja consciente. Se ingerimos pimenta em demasia provavelmente teremos efeitos que em nada se assemelharão a benefícios. Mas a ideia de que o condimento pode nos causar hemorroida ou não pode ser consumido por quem sofre de pressão alta é errônea de acordo com o livro Pimenta e Seus Benefícios à Saúde, do Dr. Marcio Bontempo. A hemorroida pode ser agravada pelo consumo em excesso da pimenta, mas nunca causada por ela, e a planta não é contra-indicada, se consumida moderadamente, para quem sofre de pressão alta.
Portanto, uma lista dos possíveis benefícios da pimenta seria mais ou menos assim:
- Alteração (positiva) do humor
- Ação antiinflamatória
- Ação analgésica
- Auxílio no emagrecimento
- Aumento da capacidade pulmonar
- Controle do nível de glicose no sangue
- Prevenção e tratamento de doenças como artrite, reumatismo, Alzheimer, Parkinson, derrames cerebrais, ataques cardíacos, câncer
Como se isso não bastasse, a pimenta, obviamente, também ajuda a aquecer. Mas, sabe, hombre, sobre esse efeito eu esconderia o jogo – ter uma mulher mal aquecida ao lado também traz grandes benefícios. Desde que você tenha capacidade de aquecê-la, é claro.