Sempre vejo alguns vídeos engraçados de pessoas fazendo exercícios de maneira anormal, muitas vezes inventando movimentos realmente criativos. O que proponho hoje é uma reflexão: será que eu, de alguma forma, posso me encaixar nesse grupo? Será que eu exagero nos movimentos ou faço algo incorreto? Dê uma olhada nas dicas abaixo e descubra, hombre.
1# Amplitude
Aposto que você já viu alguém realizar um “meio-supino”. Mas, me diga, você utiliza amplitude completa nesse ou em outros movimentos? Sabemos que não é crime nenhum executar, eventualmente, movimentos com amplitude reduzida, procurando focar em alguma musculatura. No entanto, se você só faz “meio supino reto”, “meio supino inclinado”, “meio supino declinado”, não pode se questionar o porquê de só ter o peitoral “meio desenvolvido”.
2# Execução
A velha execução controlada dos movimentos. Existem mil formas de executar um exercício – tudo depende do seu objetivo, fase do treinamento, etc. É muito fácil justificar qualquer forma de execução. O difícil é obter resultados com uma execução incorreta. O que posso garantir é que aquele tipo de repetição rápida, em que a barra do supino bate no peitoral e o quadril se eleva do banco, não levará você muito longe.
3# Forma
Fora fatores como técnica e amplitude, existem ainda outras formas de realizar os movimentos de maneira incorreta, como, por exemplo, alterá-lo por completo. Parece estranho, mas aposto que você já viu crucifixos com halteres que lentamente vão se transformando em supinos com halteres e pegada neutra. É muito importante prestar atenção nesses detalhes, pois eles mudam completamente o estímulo, mesmo sendo dois movimentos que trabalham o peitoral, nesse caso.
4# Adições
Exercícios como elevações são os campeões em repetições roubadas. Você trabalha os ombros e adiciona um pouco de panturrilha, de lombar, de pernas e tudo mais que consiga movimentar para ajudar o peso a subir. Apesar de “roubar” ser uma técnica, realizar todos seus movimentos dessa forma e, pior ainda, não estando preparado para executar esse tipo de técnica, irá levar você a desenvolver uma lesão. Portanto, quando for fazer um exercício para bíceps, por exemplo, procure movimentar apenas esse músculo e não outros adicionais.
5# Seleção
Um treinamento é composto de muitas variáveis e, normalmente, ficamos presos a questões como quantidade de exercícios, repetições e séries. Um dos fatores que acaba levando as pessoas a não alcançarem seus objetivos está relacionado às opções que ela faz antes ou durante o treinamento, como os exercícios escolhidos ou a organização deles. Tipicamente, homens escolhem não treinar membros inferiores e mulheres escolhem treinar pernas todos os dias. Em ambos os casos (pontos extremos do espectro) as opções são contra-producentes. É comum a escolha por exercícios que você possui mais afinidade ou que são mais fáceis, mas é importante não se deixar levar por essas tentações. Para um desenvolvimento completo e funcional os pesos livres são fundamentais.
6# Conhecimento
É fundamental, mesmo que você possua orientação de um profissional, que busque conhecimento (cuidado com a fonte, revistas e internet devem ser utilizados com muita cautela), procure entender o porquê dos exercícios, nutrição, descanso, enfim, o porquê de cada detalhe. Isso não somente deixará você mais engajado no treinamento, como também irá lhe propiciar melhores escolhas que influenciarão no resultado final – tanto na qualidade, quanto na velocidade desse resultado.
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