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As 2 perguntas que farão você se conectar com qualquer pessoa

Ser agradável ajuda a impulsionar o sucesso. No entanto, isso nem sempre é fácil. As chances de todos gostarem de você são bem pequenas. Diferentes interesses. Diferentes origens. Diferentes perspectivas. Ninguém é universalmente apreciado. Mas existe uma maneira fácil de garantir que você seja mais agradável, seja com pessoas com quem você não interage regularmente, ou com aquelas com quem interage. Tudo se resume a fazer duas perguntas.

Mas antes, algumas informações relevantes. Um estudo publicado da Academia Nacional de Ciências, nos EUA, descobriu que aproximadamente 40% do que dizemos envolve contar às outras pessoas sobre nossas experiências subjetivas. Não são fatos ou instruções ou conversas baseadas em resultados — que representam a outra parte de nosso discurso cotidiano –, mas o que pensamos ou sentimos.

Embora isso pareça contraproducente, muitas vezes não conseguimos evitar. O mesmo estudo também descobriu que falar sobre nós mesmos ativa partes do cérebro associadas à sensação de recompensa e satisfação que obtemos do dinheiro, da comida e até mesmo do sexo. Sabendo isso, é fácil entender poder adoramos falar sobre nós mesmos.

AS DUAS PERGUNTAS DE FOLLOW UP

Se você é um pouco tímido e introvertido, fazer conversa fiada com pessoas que você não conhece é desconfortável. É por isso que as pessoas recorrem ao clássico: “O que você faz da vida?” Mas para onde ir depois de trocar descrições do trabalho? Agora é hora de adotar o princípio das duas perguntas de follow up. Um exemplo: “Por que você decidiu entrar nessa carreira?” E, depois, usar essa resposta para uma segunda pergunta. Como era o lugar onde a pessoa cresceu, uma memória favorita da faculdade, como foi a sua experiência no primeiro emprego naquela área…

Aproveite o fato das pessoas sempre gostarem de falar sobre si mesmas para fazer duas perguntas de acompanhamento que envolvam pensamentos e sentimentos. Faça isso e, de acordo com um estudo de Harvard de 2017 publicado no “Journal of Personality and Social Psychology”, você aumentará dramaticamente o quão agradável as outras pessoas acham que você é.

Fazer perguntas que acompanhem as respostas da outra pessoa é algo que transmite escuta, compreensão, validação e cuidado. A receptividade do perguntador fará com que ele seja mais apreciado pelo respondente. Imagine alguém que escuta. Compreende. Valida. Se importa. Parece a definição de “agradável.”

COMO ESCOLHER AS PERGUNTAS

Embora possa ser difícil, o segredo é evitar a tentação de intervir. Resista no início compartilhar seus pensamentos ou experiências, para manter o foco na outra pessoa. Muitas pessoas param de perguntar porque são egocêntricas, focadas em expressar seus próprios sentimentos e crenças, com pouco ou nenhum interesse em ouvir o que outra pessoa tem a dizer.

Mas segundo as pesquisas mostram, ouvir e fazer perguntas é o melhor caminho que você pode adotar. E, felizmente, é o mais fácil também. Digamos que você conhece alguém novo. Assim que souber um pouco sobre ele — sua ocupação, ou hobby, o que quer que seja — faça a primeira pergunta de acompanhamento. Mantenha a simplicidade: como ele faz isso, ou por que faz isso, ou como se sente, ou o que mais gosta nisso.

Quando descubro o que alguém faz para viver, aqui está o meu comentário favorito: “Isso parece um trabalho realmente difícil.” Claro, isso não é uma pergunta, mas ainda funciona muito bem, porque o trabalho de todos é difícil. E quando você reconhece e valida esse fato, as pessoas naturalmente se abrem e falam sobre si mesmas.

Uma vez que elas se abrem, as perguntas de acompanhamento ficam cada vez mais fáceis de encontrar, porque toda pessoa — quando você conhece mais sobre ela — tem uma história de vida interessante.

Tente. Faça pelo menos duas perguntas genuínas de acompanhamento. Mostre que você respeita a experiência, o conhecimento e a opinião da outra pessoa. Isso inclusive pode transformar o que teria sido uma interação breve numa relação de amizade. E se isso não acontecer, tudo bem. Mesmo que seja apenas por alguns minutos, você terá feito outra pessoa se sentir um pouco mais importante. Não tem como superar isso.

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Artigo publicado originalmente em inglês na INC, traduzido e adaptado ao português pelo El Hombre