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10 mil passos

Estudo derruba o mito dos 10 mil passos por dia; saiba o mínimo necessário

A ideia de dar 10.000 passos por dia para melhorar a saúde tem suas origens em uma campanha de marketing japonesa dos anos 1960, antes das Olimpíadas de Tóquio. Contudo, pesquisas recentes sugerem que o número de passos diários necessários para reduzir o risco de morte prematura pode ser menor do que se pensava anteriormente, segundo uma matéria publicada no Men’s Journal.

Um estudo recente, divulgado no European Journal of Preventive Cardiology, conduzido por cientistas poloneses, revelou que caminhar apenas 4.000 passos por dia pode ser suficiente para prolongar a vida. E o mais interessante é que os benefícios parecem aumentar com cada passo adicional.

A pesquisa analisou 17 estudos anteriores sobre caminhada e saúde, abrangendo mais de 225.000 adultos de todo o mundo, com uma média de idade de 64 anos. Alguns desses participantes estavam em boa saúde, enquanto outros apresentavam fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Os resultados mostraram que o risco de mortalidade diminui progressivamente à medida que as pessoas caminham mais. Não foi identificado um limite para esses benefícios, que continuam a crescer até cerca de 20.000 passos por dia.

O risco de morte começou a diminuir significativamente quando os participantes ultrapassaram os 4.000 passos diários, o que equivale a aproximadamente 3,2 km. Para reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares, esse número é ainda menor, sendo de apenas 2.500 passos. Cada incremento de 1.000 passos diários foi associado a uma redução de cerca de 15% no risco de morte prematura.

Dr. Maciej Banach, autor principal do estudo, enfatizou a importância de caminhar o máximo possível e começar cedo para obter os maiores benefícios à saúde. Ele espera que essas novas descobertas incentivem as pessoas a se movimentarem mais.

Banach ressalta que, mesmo com o avanço de medicamentos específicos para condições como doenças cardiovasculares, mudanças no estilo de vida, incluindo dieta e exercícios, podem ser tão eficazes, ou até mais, na redução de riscos e no prolongamento da vida.