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Nossa seleção da primeira fase

Thiago Sievers Head de Parcerias

Agora que chegou ao final a primeira fase da Copa do Mundo, é hora de falarmos com mais segurança dos melhores jogadores. Até então não tínhamos muitos recursos para fazer isso. Mas nesse momento, com três jogos passados, já dá para analisar quem realmente está tratando a bola com respeito.

Abaixo deixo a minha seleção da primeira fase. E já digo que, apesar do título do texto, é uma escalação pessoal.

Como você está cansado de saber, essa sempre será uma escolha polêmica. A começar porque é impossível escalar todos os jogadores que mereciam estar no time ideal, já que só temos 11 vagas. E depois porque a disposição varia de acordo com forma tática como o técnico (nesse caso quem faz a seleção) pretende jogar. Eu optei por um 4-3-3 (ou 4-2-1-3), mas poderia escolher um 3-5-2, por que não? E aí a seleção seria diferente.

Enfim, dá uma olhada e deixe nos comentários suas opiniões. Nos conte também como seria a sua seleção ideal dessa primeira fase.

GOLEIRO – Guillermo Ochoa (México)

Índice

Dono da meta menos vazada nessa primeira fase com apenas 1 gol, o goleiro mexicano foi um dos destaques do time. É verdade que Navas, arqueiro da Costa Rica, também foi muito bem, sofrendo a mesma quantidade de gol e ainda por cima de pênalti. O que pesou a favor de Ochoa, para mim, foi a atuação contra o Brasil.

LATERAL DIREITO – Fabian Johnson (EUA)

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O lateral americano brilhou na fase de grupos. Ele deu um bom suporte defensivo à equipe (principalmente contra Portugal, quando anulou Cristiano Ronaldo, que caía pelo seu lado do campo) e subiu com muito perigo ao ataque, sempre com muita velocidade (novamente, principalmente conta os gajos). Além disso, tem uma boa qualidade técnica, utilizando os dois pés com muita eficiência.

ZAGUEIRO – Óscar Duarte (Costa Rica)

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Jogando com 5 zagueiros (afinal, os alas da equipe atuaram muito mais na parte defensiva nesses 3 jogos), a Costa Rica mostrou uma organização tática defensiva de dar inveja. Tanto é que, no grupo mais forte da competição, com Inglaterra, Uruguai e Itália, a seleção sofreu apenas 1 gol. E o zagueiro Duarte foi o melhor defensor do time caribenho. Como bônus, ainda marcou o gol de virada contra o Uruguai naquele peixinho maravilhoso.

ZAGUEIRO – Rafa Márquez (México)

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Apesar da idade (35 anos), Rafa Márquez está provando que ainda tem condições de jogar em alto nível. O zagueiro comandou a equipe mexicana nessa primeira fase, atuando com muita segurança. De quebra, assim como seu parceiro Duarte, ainda marcou o gol importante que deu início à vitória mexicana sobre a Croácia.

LATERAL ESQUERDO – Daley Blind (Holanda)

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Daley Blind seria o cara da Holanda se a seleção não contasse com o infernal (para os outros, claro) Robben. O lateral se portou taticamente muito bem na parte defensiva, como, por exemplo, na partida contra o Chile, que foi movimentado pelo técnico Van Gaal para a zaga por conta da lesão de Martins Indi e parou Alexis Sanchez. Já no ataque o jogador apoiou sempre com muito perigo. Ele foi o atleta que deu mais assistências nessa primeira fase (3) ao lado de Cuadrado, ótimo jogador colombiano. Sabe aqueles lançamentos incríveis para os dois primeiro gols da Holanda contra a Espanha? Foram de Blind.

1º VOLANTE – Javier Mascherano (Argentina)

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A seleção argentina, apesar das três vitórias, não foi muito bem nesses primeiros jogos – mas Marscherano foi. Eu não gosto muito de jogadores pavio curto como ele, mas é indiscutível que jogou muito na Copa até agora. Na parte defensiva e tática o volante hermano se portou muito bem, como de costume. Ele foi o jogador que mais desarmou até agora (17 roubadas de bola) e o que mais manteve a bola nos pés. Ou seja, além de defender com eficiência, cumpre um papel importante de articulador na saída de bola, fazendo a pelota rodar até alcançar os pés de um jogador de armação em boa posição para desenvolver a jogada.

2º VOLANTE – Blaise Matuidi (França)

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Friamente, eu optaria por Luiz Gustavo, que realizou uma primeira fase impecável no aspecto tático e até mesmo técnico. Mas, para segundo volante, acho que um jogador com mais qualidade técnica é mais importante. E esse cara é o francês Matuidi. Nessa minha seleção ele atuaria numa função um pouco mais defensiva do que a que apresentou nesses jogos da França. Com grande poder defensivo, ele jogou pela esquerda na frente do volante Cabaye, chegando com facilidade ao ataque. Foi assim que ele marcou o segundo gol contra a Suíça, chegando de surpresa num contra-ataque armado por Benzema.

MEIA ARMADOR – James Rodriguez (Colômbia)

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Como já falamos aqui, James Rodriguez foi o jogador mais decisivo dessa primeira fase. Ele simplesmente comeu a bola no meio campo da Colômbia, única seleção que, para mim, convenceu em todos os jogos. Armando, roubando bola, dando assistência ou marcando gol, Rodriguez foi o grande destaque da posição até agora.

PONTA DIREITA – Arjen Robben (Holanda)

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Aqui temos que começar a fazer opções, não tem jeito. Robben para mim foi o jogador que levou mais perigo ao gol adversário nessa primeira fase. Era ele pegar a bola nos pés e pronto, a defesa rival ficava maluca. Eu não armaria o time para jogar no contra-ataque, como a Holanda fez até agora e como Robben gosta. Mas não há jeito de deixar o craque fora da lista. Ele jogaria aberto pela direita para fazer a jogada infalível que todos conhecem mas ninguém consegue parar: puxar para a perna esquerda e mandar o balaço.

PONTA ESQUERDO – Neymar Jr. (Brasil)

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Neymar fez duas boas partidas e uma ok. Mas ainda assim, somando tudo, acho que ele jogou mais bola do que o Messi. Mesmo contra o México, quando parecia não querer compartilhar a pelota com os campanheiros, os lances de perigo foram protagonizados pelo moleque. Contando que ele aliviou a tensão do primeiro gol na Copa e resolveu o jogo contra Camarões, quando a panela de pressão já estava apitando, minha escolha é por ele na ponta esquerda. Além de que ele tem uma movimentação mais interessante do que o argentino.

CENTROAVANTE – Thomas Müller (Alemanha)

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Poderia optar por jogar sem centroavante e colocar Messi na seleção. Mas acho que uma referência na área é fundamental. Além disso, Messi, Robben e Neymar, de certa forma, têm características semelhantes. Não acho uma boa ideia usar os três juntos quando se tem outras opções. Müller, como Neymar, fez duas boas partidas e ficou apagado em outra. Mas o atacante mostrou que se a bola parar em seus pés em boas condições a situação complica para o adversário. Poderíamos aqui colocar Benzema, também. Mas o francês perdeu um pênalti, fator importante na hora de decidir quem escolher.

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